Domingo dia 17 de novembro, o PEF da Escola Capitão em parceria com o grupo de hip hop da cidade organizou
uma grande "batalha"(torneio) de Hip Hop. Grupos de Hip Hop das cidade de Jaú,
Boa Esperança do Sul, Bauru, Pederneiras, São Carlos, Brotas, Botucatu,
Dourado, Itapuí e Bocaina participaram do torneio que iniciou as 14 horas.
No evento foi comemorado os 22 anos de fundação do grupo Bocaina Breakers. Um
dos fundadores do grupo o professor Rodrigo Vechi falou sobre origem da cultura
do Hip Hop e também do dia da "Consciência Negra".
Durante o evento foram
apresentados trabalhos dos alunos da semana letiva feito na sala de exposição
sobre o dia da Consciência Negra e também cartazes confeccionados pelos
alunos participantes do PEF junto com a universitária e os dois voluntários com
os temas, Outubro Rosa (prevenção do Câncer de mama), Novembro Azul (prevenção
do Câncer de próstata), Consciência Negra e Dezembro Vermelho
(Prevenção da Aids).
O público foi de
aproximadamente 300 pessoas entre Bboys, familiares e membros da
comunidade, o evento terminou por volta da 19 horas.
A História do Hip Hop
Para abordar o Hip Hop torna-se
essencial resgatar, de forma sucinta, a origem do funk, pois essa forma de
música surgiu da música negra americana, o “Rhythym and Blues”, rotulada como
“race music” até cair no gosto popular dos jovens brancos americanos. Houve a
partir da década de trinta, uma grande migração da população negra que vivia no
sul do país, para os centros urbanos do norte dos Estados Unidos e que
necessitava, emergencialmente, de trabalho. Neste período o Blues absorve
instrumentos elétricos dando origem ao Rhythm’d Blues, que conseqüentemente
mistura-se com a música gospel protestante, resultando no “Soul”, cuja tradução
é “alma”. Na década de sessenta o Soul passa a ser a música de protesto dos
movimentos em favor dos direitos civis dos negros, tornando-se a “black music”
americana. Na luta por uma real cidadania, eles começam a fazer uso da palavra
“funky” (fedorento), muito utilizada por seus agressores. Desta forma o Funky
passa ser uma forma de atitude e identidade negra no vestir, falar, dançar,
enfim, viver.
Na década seguinte, anos
setenta, a mídia no Brasil se apropria desse estilo e passa a comercializa-lo,
projetando o estilo “Black Power” com Gerson King Combo. Uma espécie de James
Brown à brasileira. O Rio de Janeiro, por concentrar a maior mídia de massa da
época, aglomera grandes equipes de som, como as “Soul Grand” e “Furacão 2000”,
com realização de grandes bailes na zona sul e subúrbio da cidade. A imprensa
batizou este movimento ao orgulho negro de “Black Rio”, entrando a década de
oitenta sacudindo clubes, discotecas e casas noturnas das grandes capitais
brasileiras.
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